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Totem e Tabu: Maio 2008
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Terça-feira, 13 de maio de 2008. O clichê da esquina. O que é beagá? É só o lugar ou é a pessoa? Para sentir a falta é preciso saber do cheiro? Mas como é a cor do cheiro de um lugar que só sabe ser pessoa? É também muita pretensão de uma pessoa querer ser o lugar para alguém. Você pode sentir o cheiro? Quando me distancio penso no cheiro, penso no vento, penso no toque. No calor do sol dessas tardes que já esfriam. Acho que prefiro o outono – ainda sou aprendiz de sentir. Seco e vermelho às dezoito horas.
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Totem e Tabu: Junho 2008
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Domingo, 15 de junho de 2008. Eu já disse como a noite escurece meus olhos? Parece que vai nublando a alma. Sinto medo todos os dias; das 6 horas da tarde às 6 horas da manhã. Sinto a noite ofuscando tudo. A noite me aumenta pra solidão. Da janela do meu quarto não vejo as estrelas (era pro céu me ampliar? As paredes me diminuem de temores. A dor do nada nasce em noites escuras de céu desanuviado; da dor de estar só em noites de estrelas escondidas atrás da janela. As espirais foram feitas de aurora.
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Totem e Tabu: Abril 2008
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Sexta-feira, 11 de abril de 2008. Série - não palavras de campo. Ainda perdida pelas bandas do São Julião, há mais de 20 dias. Sinto cada vez mais falta. Ando me sentindo sozinha. É essa solidão de amigos, de irmãos, de mãe e pai, de amores. Penso no chegar e no abraço forte. Penso em deitar ao lado de Emeli e ficar ali. Penso em dar vários beijos fortes. Penso na falta que é minha e que talvez não seja dele. Penso em mãe e em mais saudade. Onde tem mais de mim? Penso nas fotos e nas palavras. Comunidade...
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Totem e Tabu: sobre ir e vir (de um jeito arqueo-antropológico)
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Quinta-feira, 28 de agosto de 2008. Sobre ir e vir (de um jeito arqueo-antropológico). Nessa vida é preciso aprender a lidar com as idas, esperar a volta (adoecer a espera, angustiar a ausência, bater freneticamente os pés no chão, suar frio a mão, esperar, esperar, esperar.). E a falta que não cabe na espera constante pelo retorno (mesmo quando ainda se está, quando ainda se espera a partida). De todas as coisas que já vi, você é a mais linda. 31 de agosto de 2008 19:46. 19 de setembro de 2008 05:39.
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Totem e Tabu: Dezembro 2007
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Quarta-feira, 19 de dezembro de 2007. Como a garota do copo d'água (Renoir). Sabe a garota do copo d'água? Se parece distante, talvez seja porque está pensando em alguém. Em alguém do quadro? Não, um garoto com quem cruzou em algum lugar, e sentiu que eram parecidos. Em outros termos, prefere imaginar uma relação com alguém ausente que criar laços com os que estão presentes. Ao contrário, talvez tente arrumar a bagunça da vida dos outros. E a bagunça na vida dela? Quem vai pôr ordem? Renda de fazer blusa.
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Totem e Tabu: Outubro 2007
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Domingo, 28 de outubro de 2007. Manoel de Barros e o chinuque. Ela coloca raízes de potentilha na pequenez de um cesto para conchas". Quem disse foi Boas (1911), eu tirei de Lévi-Strauss (1989). Mas Boas estava dizendo da maneira chinuque de enunciar os fatos. Das abstrações. Depois disso ficou mais fácil entender Manoel de Barros. Ele olha para as coisas de um modo chinuque (ainda que também olhe de azul, ou de ave, ou de criança). Sábado, 27 de outubro de 2007. Non, rien de rien. Tout ça m'est bien égal.
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Totem e Tabu: Outubro 2008
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Terça-feira, 21 de outubro de 2008. De cinza radiante (ou como gostar de dias nublados). Eu que sempre precisei do azul do céu para me ampliar me vejo contemplando o cinza radiante de dias nublados. Mas eu sempre fui das belezas urgentes. Posso ver beleza num galho seco que sombreia o céu azul. Posso ver beleza em cachos cor de rosa que aguardam o suporte do chão para renovar as folhas. E posso ver beleza num espinhaço de rochas retorcidas pela água de um rio que some e reaparece. . Há essa inexplicável ...
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Totem e Tabu: Janeiro 2008
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Sábado, 26 de janeiro de 2008. Vc viaja e me deixa aqui em beagá com chuva. até queria companhia, mas qual poderia ser? Esse não estar constante, e nem sei quando estar é físico de verdade. Pro bem ou pro mal decidi que preciso me curar! Essa coisa de paixão é doença. estou embruxada, já disse e não duvido. E sei também que não quero mais, não quero mais paixão, não quero mais essa doença. Eu era feliz (não era? Eu me divertia, dançava, sorria. Eu saía e arrasava! Quarta-feira, 23 de janeiro de 2008.
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Totem e Tabu
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Terça-feira, 25 de novembro de 2008. Quero ser poeta. . É o que queria desde sempre mas não sabia. Apenas escondia esse querer por trás de poeminhas ruins de uma adolescente descontextualizada de 14 anos. No final sempre foi esse descontexto, esse estar fora. E agora é isso. Viver para ganhar dinheiro (ou ganhar dinheiro para viver) é a anti-poesia que mais me leva para lá. O problema é que não fumo nem tomo whisky. A anti-poesia (do capital) tal qual Mefisto. Sou parte da Energia.