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Grigório Rocha: PRENDAM O AUTOR!
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Quarta-feira, 26 de outubro de 2011. Espetáculo vil que inflama a ditadura. A bandeira estrelada não pode ostentar. Nem dizer palavras que ofendam a censura. Nessa triste era para nossa cultura. Período de acontecimentos para rir ou chorar. Quando na porta do teatro um milico chegou. Esbravejando e mandando a peça parar. O teatro não pára, disse o ator. Irritado o milico começou a bradar:. Pára tudo, pára tudo, prendam o autor! Para onde ele foi? Disse então o arauto: - ele foi pro aeroporto! Ein jeder E...
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Grigório Rocha: CHOVE EM MIM
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Quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015. Chove, verbo intransitivo,. Mas transitivo em meu coração. Quando chove em mim. É essa angústia sem fim. Que aponta tanta contradição. Fiz tudo que achei que quis,. Só não sei se quis. Mas eu sou assim. Alegria prenhe de vazio. Triste por estar feliz. Compartilhar com o Pinterest. Assinar: Postar comentários (Atom). Salvador, Bahia, Brazil. Visualizar meu perfil completo. Minha lista de blogs. Ein jeder Engel ist schrecklich". Carlos Barros - Cantiga vem do céu.
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Grigório Rocha: SOMBRIA JORNADA
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Quinta-feira, 16 de agosto de 2012. Difícil é a jornada e o seu retorno inevitável. Da escuridão inefável para a luz perdida. D’onde tudo ocorreu e cessou a vida. Voltando por um caminho perigoso e incontornável. Caminhei inseguro, tateando entre as brumas. Trazendo comigo, companheira, a solidão. Erguendo os olhos úmidos avistei na imensidão. Uma revoada, que o místico luar cobria de plumas. Dos pássaros que me guiavam, habilmente encantados. Por entre as árvores e arbustos, para longe do abismo. De ond...
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Grigório Rocha: DESTERRADO
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Terça-feira, 16 de abril de 2013. Desterrado de mim mesmo, em longínquos céus. Encontrei-me vagando em terras de outrem, banido. Dos limites encobertos por distintos véus. Assim como um enigma que nunca se revela. Muros se erigem como fortalezas invisíveis. Cercando, imponentes, a insondável cidadela. E eu fico de fora assistindo, assim, calado. Com o sentimento de um pobre desterrado. Procurando o que estaria fora do lugar. Percebi então com minha pouca sutileza. Compartilhar com o Pinterest.
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Grigório Rocha: CRIME E CASTIGO
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Quarta-feira, 31 de agosto de 2011. Um criminoso procura redenção. Para uma vida de completa covardia. Por tantos crimes até ele se condenaria. E nem na eternidade encontraria salvação. Os incontáveis atos de conduta vergonhosa. Na sordidez de nossa hipócrita existência. Não autorizam a presunção de inocência. Nem aos que pregam certa moralidade vaidosa. Mas nenhuma solução seria mais danosa. Para uma sociedade doente e criminosa. Que a instituição de um "isento" tribunal. Compartilhar com o Pinterest.
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Grigório Rocha: ÍCARO E A LUA
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Domingo, 20 de novembro de 2011. ÍCARO E A LUA. Dos becos escuros gritam em desatino. Angústias e esperanças da juvenil revoada. Começando sua busca, uma mística jornada. Inaugurada pela arrepiante badalada d’um sino. Não existiria objetivo, não fosse ele divino. Justificando o sol que ardia em sua face. Fornecendo o calor àquele fatal desenlace. Carregando su’alma nas tristes asas do destino. No átrio a Lua o recebe, com sua luz caridosa,. Aquele que liderou os homens, de forma corajosa,. ÍCARO E A LUA.
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Grigório Rocha: SILÊNCIO
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Sábado, 27 de abril de 2013. É no silêncio que rumino minhas vertigens. Ouvindo as culpas, pesando os sonhos. Tecendo o destino em pensamentos medonhos. Colhendo meus medos desde as origens. É no silêncio que os sentimentos gritam. Quando tudo se acomoda ou se enrijece. Mas é na feição, nesta boca que emudece,. Onde tantas interrogações ainda habitam. Que se esconde o desejo mais profundo. Onde as palavras somem, se vão,. Perdidas nas entranhas do mundo. Eu encontro uma adormecida emoção.
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Grigório Rocha: BREVE ENSAIO SOBRE A IMORTALIDADE
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Segunda-feira, 25 de novembro de 2013. BREVE ENSAIO SOBRE A IMORTALIDADE. Recebi com lágrimas o amaranto que me destes. Mas meu coração não pôde compreender. Quão profundo foi um dia este saber. E o peso escondido na beleza das tuas vestes. Hoje ainda choro pelo que tuas pétalas me oferecem. Porque o vento tem o teu cheiro em todo lugar. E até as sombras projetadas pelo espectro lunar. Lembram que só devem recebê-la aqueles que a merecem. Por isso ao jardim de onde não deverias ter saído.
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Grigório Rocha: PAPEL BRANCO
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Terça-feira, 15 de maio de 2012. Papel branco, poeta calado. De sentimentos e sentidos tortos. Não emanam palavras de neurônios mortos. Nem da pena espremida pelo sono roubado. Que há neste silêncio escondido? Qual dor esta mudez segreda? Dói aos olhos uma luz acesa. Dói a dor, o triste verso dolorido. O segredo vem em comprimidos. Em pílulas de paraíso à mão. Cabeça, ombro, coluna e pressão. Destroços de membros, quebrados, torcidos. Só não há remédio para este mundo. Para o poeta e sua pena triste.
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Grigório Rocha: POESIA É ARTE
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Domingo, 25 de dezembro de 2011. A poesia é arte. Haja o que houver. A poesia apenas é. Aqui ou em qualquer parte. A parte que me couber. No latifúndio deste coração. Não é a ideia que me toma a mão. Nem o não que o sim não quer. O que me quer mesmo é a arte. Aqui ou em qualquer parte. Na palavra ou na imagem. Na imagem ou na palavra: arte! Compartilhar com o Pinterest. Assinar: Postar comentários (Atom). Salvador, Bahia, Brazil. Visualizar meu perfil completo. Minha lista de blogs. De onde você vem:.