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Letra de Esquina: Janeiro 2011
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Quarta-feira, 5 de janeiro de 2011. Dança de Olhos Fechados. Olhos Fundos como se pensasse durante toda noite. E mesmo assim engole com um olhar aquela que se diz única e perfeita em seu abraço. Acorda! Sim, disperso de nascença, esquecido como doença. Troca nomes sem discriminação entre amada e escurraçada. Acreditar nesta tua vingança que só faz grudar em quem não querias, como quando dependurava-se em decotes e pernas alheias? O que achas melhor, então? Voto pela carne, mais uma vez.
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Risco de vapor: O impraticável.
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Ao estudar uma porta, a chave feita para abri-la torna-se dispensável quando se tem um profundo conhecimento sobre a fechadura. Sexta-feira, 9 de maio de 2014. Gesto ou qualquer prática. Adormecem na aspereza implacável. Consequências de uma sobriedade pragmática. E algo me é. Talvez eu seja uma consequência. E então vivo por um instante. De setenta e três anos. E não me lembrem com a memória. Não sou cotidiano, me assoprou o vento. Onde os minutos falecem. Se impratico essa prática. Deixo de ser quem sou.
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Risco de vapor: Fevereiro 2013
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Ao estudar uma porta, a chave feita para abri-la torna-se dispensável quando se tem um profundo conhecimento sobre a fechadura. Sábado, 16 de fevereiro de 2013. Um pouco pedra, um pouco dúvida. Assim flutua, sempre perto. Sem deixar ser percebida. As pedras sempre me pareceram felizes e fortes. Mas eram muito sérias. Eu era pedra, mas era outra coisa. Sou meio pedra e meio coisa. E minha outra parte é meio coisa de pedra. Mas as luzes dos postes. Entrando abafadas atrás da cortina. Nunca me disse ser dono.
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Risco de vapor: Outubro 2013
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Ao estudar uma porta, a chave feita para abri-la torna-se dispensável quando se tem um profundo conhecimento sobre a fechadura. Segunda-feira, 7 de outubro de 2013. Arpoador em tarde de Sábado. Te reverbera um nocaute irreal. Soco de punho pesado. Assiste a onda me dichavar. Espalhado no vento litoral. A pôr a dor [de lado] em tarde de Sábado. Te regenera um Gestalt principal. Pouco de um rascunho inventado. Insiste a brisa incendiar. Arqueador de tempo primordial. Entorta o fim no começo e meio. Sou 67 ...
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Risco de vapor: Setembro 2013
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Ao estudar uma porta, a chave feita para abri-la torna-se dispensável quando se tem um profundo conhecimento sobre a fechadura. Sexta-feira, 27 de setembro de 2013. As paredes caladas notam. Meu livro existir sobre a mesa. Aos sólidos de revolução. Feita a cálculo frio. A vida gira girandônica. Em uma natureza de despeito. O verbo querer na forma irônica. Do tempo pretérito perfeito. Corei a ponta da lança com giz. E fiz surfar a número oito. Através do veludo fuleiro. No balanço do caminho afoito. Quart...
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Risco de vapor: A porta do estaleiro.
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Ao estudar uma porta, a chave feita para abri-la torna-se dispensável quando se tem um profundo conhecimento sobre a fechadura. Sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014. A porta do estaleiro. Enquanto o sol esquenta. E o concreto inflama. Descem importantes, os homens. A escada da estação Uruguaiana. Atrás do blusão de linho. Dissipa o ar afobado. Enquanto minha mochila vazia. Pesa quatrocentos e vinte navios. Arrasto a âncora pela mista paisagem. E danço um tango ao som de sirene e buzina. No bar bebem,.
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Risco de vapor: Julho 2013
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Ao estudar uma porta, a chave feita para abri-la torna-se dispensável quando se tem um profundo conhecimento sobre a fechadura. Domingo, 21 de julho de 2013. Que saltitava, dançarino. Nos quase-meus versos entoantes. O violão do Chico ficou mudo. E alguns amigos meus, poetas. Dançaram um som preto e branco. Pude conhecer os postes. Que sobem as ladeiras do morro. O céu de Julho pintou. Saturno e Marte, em miniaturas. Nossos copos quase vazios. E as madrugadas agora. Convidam para uma dança, uma noite.
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Risco de vapor: Amaro.
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Ao estudar uma porta, a chave feita para abri-la torna-se dispensável quando se tem um profundo conhecimento sobre a fechadura. Domingo, 20 de abril de 2014. Desenrolei, sem jeito. Do papel verde e branco. Seu gosto era amaro. Só por ser breve. Que já o meu. Se desse em árvores. Do agridoce que seria. Ter meu corpo um outro. Às seis da tarde. Quando se vai o dia. Rindo do poder absoluto. Já somos parte da mobília. Vai entortar os prédios. E ondular o chão. Remexe, chocolate derretido. E inunda de fel.
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Risco de vapor: A artimanha.
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Ao estudar uma porta, a chave feita para abri-la torna-se dispensável quando se tem um profundo conhecimento sobre a fechadura. Quarta-feira, 14 de maio de 2014. Já fadigado pelo vir do dia. Ao ofegar a respiração. E na janela das conduções motorizadas. Resplandece por trás dos prédios ainda em obra. Tímido entre os guindastes. Um sol de hoje:. Diferente do de ontem. Não mais o mesmo de amanhã. Zipadas no fecho ecler. De uma mochila surrada. Que nem pareciam ali caber. O sono, doce convivência. Ilícitas ...