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Poemas da Terra: Domingos Bózio
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Chapéu roto abas curtas feltro puído. Banda desfiada cetim ruço marcada. Suor varado testa cingida carneira. Calva escondida orelhas dobradas copa. Topo do vinco sinal de gordura dedos. Gesto elegante no ajeitar do chapéu. Barba de um dia amarelada na boca. Fumo em corda saliva grossa na palha. Banguela tinta marrom de alcatrão. Olhos azul europeu da bota talvez. Idade esculpida nos vincos do rosto. Recato a esconder as agruras do tempo. Ângulo nos traços a belfa na face. Figura marcada arredia ao signo.
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Poemas de Todos os Dias: Os dias negados
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Poemas de Todos os Dias. A mentira da boca risonha. A verdade da face. A indiferente troca do viver pela vida. Por não entender a importância da sua. Por temer o pecado de ser. Pela humildade obrigada e refém. Doce pela alma se ingênua. Quem sabe dissimulada para se proteger. Atenta às respostas mais que às perguntas. Um erro que fosse talvez fosse amargo. Naquele cenário se deixava amestrada. Apenas subserviente, desapercebida. Sem lamento, sem inveja, indiferente. Crédula a zelar pelo tempo à frente.
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Poemas da Terra: O mar e a serra
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O mar e a serra. O mar na indolência das praias. No céu de um sol brasileiro. Do prato de parede da minha avó. A serra na alma. O perfil que muda na imaginação apenas. Caminhos nos flancos de encostas. A enrolar braceletes sem fim. Vôo sereno do olhar. Fiapos nas agulhas e copados. O humor insistente do vento do leste. Chuva embriagando quaresmeiras manacás. Nos grotões nas cascatas nas copas cerradas. O mimetismo nas sombras. A espuma entre rochas que tocaiam. As falésias onde explodem as águas. Jamais ...
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Poemas da Terra: Urubus e borboletas
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Se existissem fora de nós. Mas em contraste à aquarela. As asas negras e arqueadas. Levam aos olhos o planar. Voam borboletas e cores. Livres na imensidão soltos. Nos campos verdes e azuis. Na vastidão do preconceito. Aos saltos e soluços. Do vento sonso que divaga. Ao contrário das asas negras. Abrem aos olhos uma aquarela. Das cores pelas tessituras. Não deslizam como urubus. Proas soberanas nos céus. Assinar: Postar comentários (Atom). Visualizar meu perfil completo. O Dragão de Jade. Nos olhos vidrad...
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A Pensão da Rua Jandaia: Agosto 2010
http://contoapensaodaruajandaia.blogspot.com/2010_08_01_archive.html
A Pensão da Rua Jandaia. 3 de ago de 2010. Alma escancarada. Tênis encharcado. Apenas um movimento perdido no cenário desolado. Ninguém a condescender. Sequer a compaixão. Noite Silêncio urbano. Inverno. Mesmo às vésperas da primavera. Chuva fina roubando a proteção das marquises. Vento perdido pelos vãos dos prédios. Andar por inércia. Pensamento estanque por um negrume. Uivo agourento a preencher o breu. Do nada. A bloquear. Açoite no corpo. Vulto. Então viu seu vulto a vagar. Era uma noite de um setem...
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A Pensão da Rua Jandaia
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A Pensão da Rua Jandaia. 3 de ago de 2010. Alma escancarada. Tênis encharcado. Apenas um movimento perdido no cenário desolado. Ninguém a condescender. Sequer a compaixão. Noite Silêncio urbano. Inverno. Mesmo às vésperas da primavera. Chuva fina roubando a proteção das marquises. Vento perdido pelos vãos dos prédios. Andar por inércia. Pensamento estanque por um negrume. Uivo agourento a preencher o breu. Do nada. A bloquear. Açoite no corpo. Vulto. Então viu seu vulto a vagar. Era uma noite de um setem...
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Poemas de Todos os Dias: Jardim das tristezas
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Poemas de Todos os Dias. Chorava Maria pela morte do filho no jardim das tristezas. Dor irreal imensa a aferroar o coração transpassado por uma lâmina. Abatida na despedida que a mortalha ensanguentada cobriu. Um corpo divino velado pela angústia da mãe inconsolada. À direita do Pai, mas compadecido pela dor da mãe querida. Mandou para o jardim uma rosa. Maria se surpreendeu com a flor. Tão formosa nascida das chagas de um chão ferido. Generosa. Cingiu-a e na delicadeza do gesto sentiu o filho ao seu lado.
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Poemas de Todos os Dias: Orquídeas e filhos
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Poemas de Todos os Dias. Orquídea a envolver o tronco. A vida emaranhada em outra. Como o amor é. O fascínio da multiplicação. O suspense que o ventre traz. O corpo que alimenta a vida. A florada da orquídea. Felicidade a se predestinar. Que outro desejo haveria? Mas há o caminho. Há o acaso que o cria. Há a vida que não se repete. Assinar: Postar comentários (Atom). Total de visualizações de página. Visualizar meu perfil completo. A Pensão da Rua Jandaia. O Dragão de Jade. Casario desalinhado estreitado...
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Poemas de Todos os Dias: O canavial
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Poemas de Todos os Dias. Cambraia na vastidão verde-azul do canavial. Bruma que anuvia o olhar e desperta o imaginário. Véu a dissimular o útero onde medra o princípio. A parir o céu e o chão no cenário que a luz tinge. E a terra roxa que doura o gomo no ouro do sol. Fio negro assente no res da topografia suave. Linha sem fim carreando o olhar e a curva que intriga. Um caminhão descuidado e indiferente na pista. A sangrar garapa azeda à caldeira da usina. Cabeça de uma medusa que atrai os pensamentos.