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Januanto: Maio 2015

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Quarta-feira, 27 de maio de 2015. Nas trevas a existência persistia. E ao fundo de mim a luz não chegava. E eu triste e só em bocados subsistia. No desespero que me atormentava. Então de pujância esperançosa. Apontei todo o meu instinto para o céu. Foi, quando tu, apareceste ditosa. E eu, pobre de mim, deixei de ser eu. Por isso te quero ainda mais. Quero-te como sempre quis alguém. Quero-te, por seres jamais. O que se dá por troco de ninguém. Mas agora ó mulher quero. De todo, o teu segredo alcançar.

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Januanto: Fevereiro 2012

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Domingo, 26 de fevereiro de 2012. Olhai mas vêde. A precariedade. De quem o encómio tem de dar a outros. O que não tem para si, o fogo. Retinido em todos os sentidos. Agora debaixo da alvorada dos povos. O demiurgo afigura-se como uma pessoa comum. Que sofre o espaldar do inumano. Abraça o mito no coração. E sofre só, as agruras desta vida. Sem nunca soçobrar à indizível mentira. De que somos multidão, mas sim indivíduos. A quem o mundo reflecte. E deriva, consequentemente de nós.

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Januanto: Outubro 2013

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Sexta-feira, 25 de outubro de 2013. Estamos em crise, dizem eles. Os que se alimentam de nós. Tal qual quando dos nossos avós. Pelejando na honra como Aquiles. E taganteiam em palavras esdrúxulas. As ondas sonoras que auditam. Em razões cegas que acreditam. Por vozes como enfeitiçadas de bruxas. É vê-los garbosos na bancada. Ejaculando impropérios de espécie. Postulando o ar de imundice. E saem sempre airosos do desmando. Como lobos de alcateia, numerosos. De crias em sofreguidão, alterosos.

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Januanto: Janeiro 2014

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Quarta-feira, 8 de janeiro de 2014. Eu vi a luz em um paiz perdido. A minha alma é languida e inerme. Quem podesse deslisar sem ruido! No chão sumir-se, como faz um verme…. Pavorosa illusão da eternidade,. Terror dos vivos, carcere dos mortos,. D'almas vãs sonho vão, chamado inferno;. Systema da politica oppressora,. Freio, que a mão dos déspotas, dos bonzos. Forjou para a boçal credulidade;. Dogma funesto, que o remorso arraigas. Nos ternos corações, e a paz lhe arrancas;. Trema de ouvir sacrilego ameaço.

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Quarta-feira, 27 de maio de 2015. Nas trevas a existência persistia. E ao fundo de mim a luz não chegava. E eu triste e só em bocados subsistia. No desespero que me atormentava. Então de pujância esperançosa. Apontei todo o meu instinto para o céu. Foi, quando tu, apareceste ditosa. E eu, pobre de mim, deixei de ser eu. Por isso te quero ainda mais. Quero-te como sempre quis alguém. Quero-te, por seres jamais. O que se dá por troco de ninguém. Mas agora ó mulher quero. De todo, o teu segredo alcançar.

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Januanto: Dezembro 2012

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Quinta-feira, 20 de dezembro de 2012. Recebi um email via Nostradamo. Um judeu que nasceu em Notre-Dame (Paris). Na noite da peste bubónica. Peremptoriamente dizendo que sim. Às grandes desgraças que sempre assolaram. Este planeta barricado neste sistema. Pois ele é o ser mais vivo. O ser mais inconformado do Universo. E por isso aspira, a ser outra coisa. Que não o que os seus irmãos aspiram. Para ele, por demais só há para alguns. Os da família primordial que empedra. Na tremelga das gerações ensopadas.

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Januanto: Janeiro 2015

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Domingo, 18 de janeiro de 2015. Nas locomotivas de Chirico. Aquilo que nos torna mais rico. O fragor diletante dos desafios. As práticas nuas e esvaziadas. De seres em recôndito conflito. Querendo transformar a existência. Num audaz e misterioso labirinto. De absurdo e incontinência. Pelo vento que domina. E volvem tristes euforias. Quando ao homem o ser do espírito for,. Abrir-à-se-ão os mistérios do tempo,. Pois induzidos estamos para lá chegar. 22 ª Hora PartiransiosamenteNaslocomotivas d.

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Januanto: Janeiro 2013

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Segunda-feira, 28 de janeiro de 2013. Ouvi os clamores da rua. A dizer que sorte era a tua. Só pelas balas te calaram. E viste o rebanho em pastorícia. Ruminando a eleitoral ignorância. Em mórbida e dura. E os cheiros nauseabundos. Esvaindo-se em calados tédios. De torpor, cheias, em ascese. Elevando em brado os corações. E os corpos em telegenese. Quando ao homem o ser do espírito for,. Abrir-à-se-ão os mistérios do tempo,. Pois induzidos estamos para lá chegar. 19º Hora Ouvi osclamores da ruaDe madru.

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Januanto: Agosto 2012

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Quinta-feira, 30 de agosto de 2012. Papá, diz, onde vamos. Eu quero ir brincar. Ao diz que diz, sirvamos. Aquilo que nos faz brilhar. Tudo nos vem de rompante. Lá para a frente do existir. E só fica o que nos cai na mente. Na sombra, obscuro a reluzir. Papá, que horas são? Anda papá, vamos brincar. Traz o cegueta do Rafa, traz o cão. Para a cena acriançar. Oito anos apenas, tão leves. Asas esvoaçam das mariposas. Em cujas vidas tão breves. Retinam sem fim as glosas. Sexta-feira, 10 de agosto de 2012.