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Reco-Reco em Costela de Cachorro Magro: Julho 2010

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Reco-Reco em Costela de Cachorro Magro. Quinta-feira, 8 de julho de 2010. Vou ser direto e dizer. Tudo numa única palavra:. Eu te amo muito muito. Para todo o sempre. E todos os infinitos. Chega de me enrolar, eu quero. Uma resposta definitiva mesmo que. Não seja assunto encerrado pois. O homem sempre se agarra. A uma última esperança. Cansa esperar e eu esperei. Não estou cansado até. Parece que acordei agora. Eu estou disposto a tudo. Com toda a violência. Que eu nunca seria. Capaz de fazer mal à você.

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Reco-Reco em Costela de Cachorro Magro: Maio 2011

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Reco-Reco em Costela de Cachorro Magro. Terça-feira, 17 de maio de 2011. Pandeiro, violão,. Que nas infinitas letras e melodias. Fala sobre tudo,. Conta todo o passado,. E quando você menos percebe. Tudo está no samba, na roda,. O amor, a dor da injustiça da vida. Casos reais e inventados,. E ainda as sensações abstratas. Casa-se e separa-se no samba,. Amizade é o sobrenome do samba. E pra quem gosta de briga, tem. Samba de coco,. Cada povo tem a sua. E de onde viemos? O que é a vida afinal? 8220;prateou...

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Reco-Reco em Costela de Cachorro Magro: Poesia da Semana

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Reco-Reco em Costela de Cachorro Magro. Quinta-feira, 12 de maio de 2011. Banalidades do dia-a-dia, coisas práticas que não servem para nada. Desnecessariamente úteis. O banheiro acha a gente bom. O banheiro é nossa mãe. II- Cuidar de criança. Tudo que se amesquinha em mim. É flagrado pela inocência. III- Andar de carro. Algo parece ter solução:. Eu piso no acelerador. O carro se move,. Minha vida trafega,. A imobilidade das casas. Inclusive sou bondoso,. Pois tolero que o paciente pedestre.

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Reco-Reco em Costela de Cachorro Magro: Visita

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Reco-Reco em Costela de Cachorro Magro. Segunda-feira, 2 de maio de 2011. Há mulheres que dizem:. Meu marido, se quiser pescar, pesque,. Mas que limpe os peixes. Eu não. A qualquer hora da noite me levanto,. Ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar. É tão bom, só a gente sozinhos na cozinha,. De vez em quando os cotovelos se esbarram,. Ele fala coisas como “este foi difícil”. 8220;prateou no ar dando rabanadas”. E faz o gesto com a mão. O silêncio de quando nos vimos a primeira vez. Somos noivo e noiva.

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Reco-Reco em Costela de Cachorro Magro: Setembro 2009

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Reco-Reco em Costela de Cachorro Magro. Domingo, 6 de setembro de 2009. Quase não se enxerga. Na rua a pele grossa,. A pessoa é saliência. Na calçada ou poça. Quase não se enxergam. A pessoa e poças,. A calçada é saliência. Da rua e pele grossas. Negro, negro, negro. Como a luz do sol. Mancha de óleo no farol. Negro, negro,. Como a luz do sol. Mancha de óleo no asfalto. A poesia acima surgiu na minha cabeça como letra de música. A quem puser a melodia, favor mostrar-me o resultado.

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Reco-Reco em Costela de Cachorro Magro: Junho 2009

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Reco-Reco em Costela de Cachorro Magro. Domingo, 28 de junho de 2009. Poesia da Semana - Versão. Parem todos os relógios, que os telefones sejam cortados,. Dêem um osso suculento para o cachorro parar de latir,. Silenciem os pianos e com tambores abafados. Tragam o caixão, deixem os que sofrem vir. Deixem aviões gemendo e sobrevoando nossos chapéus. Rabiscando a mensagem “Ele está morto” no céu. Coloquem arcos de crepe em volta do pescoço branco das pombas,. Minha semana de trabalho e um domingo azul.

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Reco-Reco em Costela de Cachorro Magro: Maio 2009

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Reco-Reco em Costela de Cachorro Magro. Quinta-feira, 7 de maio de 2009. Antes que se seife. Decreto que esse estranho espaço aqui. Mas é como um quarto. O qual se estranha depois de uma longa viagem. Ou como uma tarde. A qual se prestou atenção. Tem dessas coisas que só tem aqui:. Instantes como o da seiva. Dessa árvore enorme que me deparei. E senti minhas mãos agalhando-se. E o que senti também. Foi que a seiva se me sobrou. Fazendo cair lágrimas,. Só nesse estranho tempo. Num espaço sem nada.

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Reco-Reco em Costela de Cachorro Magro: Julho 2009

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Reco-Reco em Costela de Cachorro Magro. Domingo, 5 de julho de 2009. No recôndito do meio imenso. Dentro do Brasil funil. Se escondem-se várias palavras. Vai que talvez venham da pedra. Dum bloco maciço, chapadisso,. Que se arvora a ser parado. Em sendo sempre ali:. Um baú de guardados. E não só modos, modismos. Coisas além dos ritmos -. Lá há radicais raríssimos. Novas formas de ser negro. Que liberdade imensa escrever). Brinquedo sempre novo brinquedo. Pedra quadrada paredões imensos. Como a da fumaça.