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Contra a maré
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Ele passou um rádio lá de dentro e disse "é pra tocar o terror". Aí eu avisei os torre do Partido, liguei o cara dos equipamentos e a molecada da pista. A locomotiva parou, jão. São Paulo é grande mas não é dois. Assinar: Postar comentários (Atom). Palavras soltas, letras ao vento. O Fio da Navalha. 43 - ou s vigiada. Fomo inu inu e quando vimo se fomo. Filho, limbo, avô. Todas as dores do mundo. Classe Média Way of Life. Raça, amor, paixão. Morde a isca, o cão O cego pisca em vão O pobre la.
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Contra a maré: vovô
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Disse que teve um amigo coroa que ganhou cartorze vez na loteria esportiva - e naquela época, disse, a loteria esportiva pagava muito bem. Disse que era paulistano e ficara viúvo há vinte e cinco anos e então partira pro mato grosso do sul, município de alta floresta. Disse que ficou por lá porque era bom pra caminhoneiro, muita fazenda, muita carga. Disse que ia sempre pro acre levando ração de galinha e de lá trazia madeira de cerejeira até que um dia a polícia acreana furtou seu caminhão.
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Contra a maré: Julho 2010
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Pequeno ensaio sobre o segredo do sucesso na busca pela felicidade. Que dizemos vez ou outra). A gente inventou a metralhadora, a geometria e a propaganda do canal Futura que, me envergonho ao perceber, estou imitando nessas tão mal traçadas linhas. Perguntou The Old Jung Boy. O bagulho tá pairando no inconsciente coletivo e é tão seu, Danilão, quanto da Rede Globo e dos monges budistas. Pode usar. Firmeza, respondi ainda envergonhado, mas vou tentar mudar o tom da narrativa pra ser mais "autoral". Todas...
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Contra a maré
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Morde a isca, o cão. O cego pisca em vão. O pobre lambe o chão. Morde a isca, o cão. Não vai latir mais não,. O cego pisca em vão. Como se ali houvesse. Algo pra ver que justificasse. O lubrificar da retina. O pobre lambe o chão. Que postos na poupança,. Com muito suor e esperança. Daqui há cinquenta anos poderão. Virar pedra ou pão. O cão morto sorriu. O cego não viu, ouviu. O pobre fez uma canção. Tua mãe, teu pai, o Brasil. O Tony Ramos e o Betinho -. Vai ter tiro de canhão. E no meio da confusão.
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Contra a maré: Setembro 2009
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Doutor, o advogado dele ligou. E o que aquele filho-da-puta queria dessa vez? Falou que ele quer fazer um acordo. Bom dia, aqui é o Doutor Penedo, como vai. Doutor o caralho. o que tu quer, porra? Calma, Kleber. eu queria. Calma o cacete. [gritando] Ô Rosângela, que porra é essa de transferir ligação assim sem avisar? Aquele filho-da-puta é um mercenário, quanto ele quer dessa vez? Pode ser amanhã às dez? Pode Você vai vir com ele? Não Ele me demitiu. Essa ligação é meu último serviço. Não escala o P.
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Contra a maré
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Tem um sonho que eu sonho sempre, desde pequeno, quando meu sonho era ser astronauta e o meu lanche predileto era sonho de padaria. Não: eu não gosto de sonho de valsa. Não: meu sonho nunca foi ser jogador de futebol e eu tenho até um certo medo de dormir. Eu nunca sonhei que tava voando. Eu nunca sonhei com um cavalo branco, eu nunca vi um cavalo branco, eu não sei nem pensar em um cavalo branco. Chego à minha estação e a voz do Ice Blue anuncia:. Que eu roubara na FNAC. Segunda-feira: 8:32. Sai...Ele n...
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Contra a maré: Agosto 2011
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Tem só desembarcar a mala e procurar o ponto de ônibus com papelzinho com endereço anotado a bic dentro da carteira. Ô, cobrador, pode me avisar quando chegar na Rua Felicidade? A vida roda a vida e o estrangeiro, aprovado no vestibular, crê que construiu um lar. E gosta das pessoas - são como se fossem minha família - e gosta dos lugares - parece que eu cresci aqui - e vai a entrevistas de estágio e a cinemas sem errar o ônibus. Inimigo dos movimentos sociais, cujxs membrxs faíscam seus olhinhos verdes.
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Contra a maré: Junho 2010
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Palavras soltas, letras ao vento. O Fio da Navalha. 43 - ou s vigiada. Fomo inu inu e quando vimo se fomo. Filho, limbo, avô. Todas as dores do mundo. Classe Média Way of Life. Raça, amor, paixão. Ai ai E então Quem vai? Eu não Tu não?
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Contra a maré: O rei da poesia
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O rei da poesia. Pra fazer um bom poema. Tem que ter bons ideais. Tem que amar a Iracema. Ou querer viver em paz. Ou ser um cabra doente. Na cabeça um caldeirão. Sopa de ódio fervente. Com sêmen e manjericão. Pra ser um bom escritor. Tem que ser um bom rapaz. Daqueles que vêem amor. Até nas páginas policiais. Ou um cabra mal resolvido. Com uma infância infeliz. Metade modelo e atriz. Eu era o rei da poesia. Um pouco mais e saia um cordel. Existe um nome para o terapeuta que mina a angústia: herege.
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Contra a maré: Novembro 2008
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Tá bom. Então me diz: dói? Porra, como assim? Não importa o que fizeram do homem. Mas sim o que o homem faz do que fizeram dele. Sartre. Tá, mas e daí? Daí que não dói, porra. Ou melhor: não importa se dói ou não, importa o que eu faço com a dor. Eu posso simplesmente não acreditar nela. Aí não dói. Sei, sei. tipo "a dor é inevitável, o sofrimento é opcional"? Palavras soltas, letras ao vento. O Fio da Navalha. 43 - ou s vigiada. Fomo inu inu e quando vimo se fomo. Filho, limbo, avô. Raça, amor, paixão.