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Ciranda Yollanda: 01.11
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Segunda-feira, 31 de janeiro de 2011. As nuvens negras se aglomeram em frente à minha janela. Ouço trovões e vejo os pássaros se recolherem a um abrigo seguro. Tudo escurece e o vento forte que sopra esbarra em meu corpo ao passar. As palavras têm a leveza do vento e a força da tempestade.". Domingo, 30 de janeiro de 2011. Que saibamos aproveitar o tempo que nos é dado com as coisas que realmente importam. Que viajemos para dentro de nós mesmos, pois, para consertar o mundo, primeiro temos de reparar...
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Ciranda Yollanda: Corda bamba
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Terça-feira, 3 de dezembro de 2013. Por que fazemos isso conosco? Talvez a gente se entenda assim, sem palavras, simplesmente porque gestos não nos são permitidos e porque nosso joguinho é divertido demais (e triste, e solitário e, incrivelmente, sedutor). Mas eu estou perdendo essa partida, talvez esteja me apaixonando, e isso não é a coisa esperta nem a certa a se fazer no nosso caso. Por que, raios, você me faz isso? Me encara, sorri e depois finge indiferença? Só o tempo dirá. Um pouco de mim. If My ...
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Ciranda Yollanda: 08.10
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Sábado, 21 de agosto de 2010. A garota, com o rosto de Che Guevara estampado na blusa, permanecia olhando a rua, com suas músicas tocando baixo. Ela o viu passando, com fones de ouvido e cabelo em moicano, murmurando uma melodia que ela não pôde escutar. O que ele cantava? À medida que ele passava, a menina vislumbrou seus olhos, tão verdes, tão distantes, tão imersos em algo invisível. Em que ele pensava? Ela gostaria de saber. Ela queria que ele ficasse, que ele a olhasse. Mas por quê? Imagine flores c...
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Ciranda Yollanda: 07.11
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Sábado, 30 de julho de 2011. Eu sou aquela menina comum, cabelos e olhos castanhos, altura mediana, mas possuo muitos sonhos. Sou do tipo que gosta de rir e de fazer os outros rirem, pois é lindo vê-los assim. Brigo com o meu cabelo todos os dias e ele, com raiva, sempre sabota os meus penteados. Sou a menina que gosta mais de ficar em casa, de ler livros enormes e de fazer caretas para o espelho. Sou uma incógnita ambulante. A garota que muda de opinião a cada instante e nem sabe o porquê. Às vezes as p...
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Ciranda Yollanda: 12.11
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Quarta-feira, 7 de dezembro de 2011. As palavras me agradam. São belas em todas as suas formas. São como ideias soltas ao vento, formando paisagens magníficas que os olhos não podem ver. Têm o poder se fazer uma lágrima cair ou de secá-la. São responsáveis por todo o rumo que o mundo toma, porque quase tudo é por meio delas. A quietitude nos dá paz, nos faz amenos, nos leva perto de Deus, pois nela nós conseguimos resolver nossos problemas internos e nos tornar leves. Talvez, no começo, machuque traz...
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Ciranda Yollanda: 04.10
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Sábado, 10 de abril de 2010. Digamos que hoje eu queira me rebelar. Somente hoje eu quero fazer algo realmente idiota, totalmente improvável. Talvez dançar debaixo da chuva seja um bom começo. Quero sair sem hora pra voltar e ter o prazer de dizer "não precisa me esperar". Vou procurar por alguém que me enlouqueça, que me faça perder o senso e, pela primeira vez, tirar os pés do chão. Alguém que me ensine a voar. Vou infringir a lei, gritar no meio da rua e quebrar alguma coisa. Sempre olham, mas não enx...
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Ciranda Yollanda: 05.10
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Sexta-feira, 7 de maio de 2010. Hoje acho que acordei com um pezinho no sanatório. Não que eu já tenha sido normal algum dia. Aliás, eu estou ficando cada dia mais anormal. Talvez ninguém, nunca, venha a entender como uma pessoa que gosta de heavy metal sai de rosa flúor na rua. Ou porque, raios, uma pessoa coma canjica fria e adore brigadeiro quente. Pois é, esses são exemplos básicos. Ah, também detesto quem fala palavrão, mas eu e minhas amigas temos o total direito de nos expressar por esse método.
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Ciranda Yollanda: Das Cartas que Nunca Enviarei
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Sábado, 24 de agosto de 2013. Das Cartas que Nunca Enviarei. Você nem suspeita que eu sorrio involuntariamente toda vez que vejo que o livro que eu te emprestei, um dia há muitos anos, está entre os seus poucos favoritos. Lembro que você não havia gostado do final por ser "feliz demais". Engraçado, pois tudo o que eu desejei um dia é que nós tivéssemos um final "feliz demais", mas, definitivamente, isso não parece fazer seu estilo. Porque eu justificaria, novamente, meus anos de silêncio? Um pouco de mim.
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Ciranda Yollanda: Indiretas
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Sexta-feira, 14 de setembro de 2012. Se você quer mudar comigo, se afastar de mim, me ignorar ou ser distante, tudo bem. Eu só peço, imploro, que me deixe saber o motivo disso. Eu preciso ter o direito de me explicar, me desculpar ou de, simplesmente, reafirmar o que fiz. Eu preciso saber o motivo pelo qual estou me sentindo intrusa onde antes eu me sentia em casa. Mas eu não gosto de meias palavras, nem de mais verdades. Eu fiz algo? E que venham os bombardeios! Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem ...
