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POESIAS: VIGIA
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O que os olhos não viram,. Os ouvidos não ouviram quando a língua se calou,. E diante da enxurrada de palavras,. Os lábios perseguiram o restolho seco,. A defesa intentou mentiras,. Zombou a verdade,. Ocultou o feito, como se espalhar cinzas nas plantas. Escondesse o cheiro queimado. A culpa levada ao vento,. No redemoinho de coisas amargas,. Em roupas roídas por traças,. A ordenar a rendição do caos,. E dos meses a raptar segundos,. Pois o tempo não tem repouso,. Nem a água vive ao longo do rio esgotado,.
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POESIAS: APENAS UMA VEZ
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O destino não selado,. Na dúvida por um instante,. Eram duas tentativas correlatas. De se escrever a história. Ao passar daquilo que aconteceu. Aspectos reais não são o mesmo que delírio. Toda condenação é um ato de pureza. Onde o perdão não pode ser tocado. Nem motivos reivindicados,. A se salvar por coincidência. Ou a trôco de nada. Cedo ou tarde a autoridade triunfa. Pelo único nome a atravessar as épocas. Antes do tempo e da fundação do mundo. Na ordem por muitos ignorada. Mas sustentada na palavra.
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POESIAS: ANULAR
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Quem inventou o medo,. Não desmaiou outra vez,. Nem se incomodou que a loucura. Enquanto tomava o café da manhã. E partia os ovos levemente duros. Ninguém o esperou até agora,. Então se correr com as ataduras. Pode-se cair, e quebrar o pescoço. É como soluço em copo d'água,. Esconderijo em praça pública,. O rigor das respostas às perguntas. Correr-se o risco dos pensamentos. Na medida dos erros exatos,. Na obstinação mais próxima da. Para que o corpo seja entregue,. E aqui enterrado com todas as.
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POESIAS: Gramar
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As palavras correm desavisadas,. Como se fossem águas incontidas,. A rodear uma cidade indigente,. Por cujos lábios é hostilizada. Andam errantes de manhã à noite,. Olhos atentos e ouvidos moucos,. Uma víbora que cerra os dentes. E carrega os encantos digestivos. Não se coram na violência,. Nem se purgam nas sombras,. Têm a alma em sustenido,. Presa ao lamento dos homens. Compartilhar com o Pinterest. Todas as poesias são de minha autoria, salvo indicação contrária. Eliot, Cowper and Outros.
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O Poema Sem Fim: Janeiro 2011
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O Poema Sem Fim. Biblioteca de Poesia Evangélica. Tenho 32 anos no momento em que inicio este Poema (20/01/2011) e pretendo alimentá-lo enquanto eu viver. E montado no lombo da mula manca poesia, meu alforje de pretensões ganha o mundo: mesmo depois de morrer, se Jesus ainda não houver voltado, alguém continuará este poema por mim, por si próprio, pelo poema - filho ou cão, finlandês ou guatemalteca, curitibano ou itaquaquecetubence. Quinta-feira, 20 de janeiro de 2011. O Poema Sem Fim. Que era apenas uma.
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POESIAS: DUREZ
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Por quantas vezes,. Ouvirei aquela palavra,. E me sentirei morto,. Como um corpo conservado no gelo,. A alma intacta não se alui,. Insensível como ouvidos moucos,. Ao troar da lima no metal? Quantas vezes ainda,. A espada me ferirá,. O sangue a jorrar anêmico,. Jaz-se em poça, se esvanece,. E nem mancha forja? A quantas vezes,. Qual velho a mover-se no pântano,. A resvalar a ponta do dedo,. Em algo que julga bálsamo,. Mas sequer pode-se entrever? Dores a fustigar;. Entre golpes acolhidos,. O Poema Sem Fim.
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POESIAS: AMOR
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Não é o nome apagado na agenda,. Nem a vela a consumir-se no funeral,. Ou água a esvair-se da pipa fendida;. É muito mais do que cair do cavalo,. Que manter os pés secos na enxurrada,. Cozinhar o galo em banho-maria,. Sonhar tênue em meio à emboscada. É como erguer uma parede,. Estender a mão ao amigo,. Chorar a dor de quem perdeu,. Andar sem esforço no atoleiro. Pode durar uma hora ou dias;. Pode arrastar-nos pela vida,. Pode perpassar indelével com o tempo,. Pode ser a carga a nos encurvar.
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O Poema Sem Fim: O Poema Sem Fim
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O Poema Sem Fim. Biblioteca de Poesia Evangélica. Tenho 32 anos no momento em que inicio este Poema (20/01/2011) e pretendo alimentá-lo enquanto eu viver. E montado no lombo da mula manca poesia, meu alforje de pretensões ganha o mundo: mesmo depois de morrer, se Jesus ainda não houver voltado, alguém continuará este poema por mim, por si próprio, pelo poema - filho ou cão, finlandês ou guatemalteca, curitibano ou itaquaquecetubence. Quinta-feira, 20 de janeiro de 2011. O Poema Sem Fim. Que era apenas uma.
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POESIAS: PAPÉIS
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A abandonar o eco desertor. A contender noites recortadas. Antes da última ladeira descida. Verdade oferecida em pagamento. Uma e outra arrastada a. Faz a norma eliminar o vento. Formas oblíquas queimam-se à raíz. A revelar figuras geométricas. Um ou poucos caracteres à vista. Não imitam o laço do passarinheiro. Do antiquado alfeizar desviam-se. Das mãos mal-vedadas do fustigador. Retem-se o que se perdeu. Na vocação fora do tempo. Compartilhar com o Pinterest. Eliot, Cowper and Outros. O Poema Sem Fim.
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POESIAS: AS LÍNGUAS
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Eu abraço-me a mim mesmo. Tu abraça-te a ti mesmo. E nós não nos abraçamos. Como se nossas almas estivessem. Atoladas na lama profunda. Ou arrastadas a águas fundas. Não cansamos de chorar. Enquanto as gargantas secam. E os corpos desfalecem. Por que a causa que defendemos. É a que mais rejeitamos. E os amigos que nos cercam. São os inimigos que nos alcançam. E saciamo-nos na dor. A resgatar depressa a angústia escondida. Como se não houvesse nenhuma compaixão. E achá-la seria o mesmo que se embriagar.